As plantas de um vasinho miúdo
respiram quietas ao meu lado.
Não há mais vida na sala
a não ser eu
e as plantinhas nesse vaso miúdo.
O vento as balança e me carinha,
devagar.
Olho as paredes nuas e penso nos quadros
que poderiam estar lá.
Fotografias da família,
ou talvez uma pintura de outras plantas
em seus vasinhos.
Eu poderia ter colorido essa minha parede
vazia.
Jazia dentro de mim uma saudade diáfana.
Saudade mesmo das imagens,
dos rostos que eu não queria esquecer.
O Sol entrou, depois do vento, e iluminou a parede
branca, lisa,
ainda vazia.
Fazia tempo que eu não me sentia assim.Vou pendurar a natureza morta na parede.
As pessoas amadas que se foram e outras flores inertes.
Ainda que as cores sejam frias, serão, ainda, e sempre, cores.
Ainda que a morte fria esfacele a vida, terá sido, ainda, e sempre, vida.
E o amor?
O Amor não adormece,
tal como o Sol,
nem se despede,
assim, feito o vento.
Sem pedir licença ele nos toca,
e ilumina a alma
outrora vazia.
respiram quietas ao meu lado.
Não há mais vida na sala
a não ser eu
e as plantinhas nesse vaso miúdo.
O vento as balança e me carinha,
devagar.
Olho as paredes nuas e penso nos quadros
que poderiam estar lá.
Fotografias da família,
ou talvez uma pintura de outras plantas
em seus vasinhos.
Eu poderia ter colorido essa minha parede
vazia.
Jazia dentro de mim uma saudade diáfana.
Saudade mesmo das imagens,
dos rostos que eu não queria esquecer.
O Sol entrou, depois do vento, e iluminou a parede
branca, lisa,
ainda vazia.
Fazia tempo que eu não me sentia assim.Vou pendurar a natureza morta na parede.
As pessoas amadas que se foram e outras flores inertes.
Ainda que as cores sejam frias, serão, ainda, e sempre, cores.
Ainda que a morte fria esfacele a vida, terá sido, ainda, e sempre, vida.
E o amor?
O Amor não adormece,
tal como o Sol,
nem se despede,
assim, feito o vento.
Sem pedir licença ele nos toca,
e ilumina a alma
outrora vazia.