Poema que virou Vídeopoema.
“Caminhando pelas ruas da cidade
O Caos me perpassa o ventre
Os meus cabelos são fios de alta tensão
Conduzindo uma energia perfumada
Que conecta-se às narinas-tomadas
Que levam até o cérebro
Que processa a imagem-flor
Meu péralelepípedo
Calçado
No salto-asfalto
Pisoteia o que ainda resta da terra batida
Desvia
Dos que, descalços,
Ainda pisam na terra batida.
O Caos perpassa
e se instala em meu ventre
dentro
entre
um órgão e outro
ocupa espaço
me fazendo arrotar palavrões do caralho,
puta que pariu não aguento mais tudo isso!
Erguida
Na copa
Eu-máquina bebo do óleo preto
Que me re-faz funcionar de novo.”
Mariane Bigio